sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Proteja-se: descubra quais são as doenças ginecológicas mais comum no verão


O verão é a estação queridinha de muitas mulheres que desejam ficar com um corpo bronzeado. Entretanto, é preciso redobrar os cuidados com o corpo para se proteger do sol e evitar algumas doenças que podem aparecer nessa época. Simples hábitos podem livrar a mulher de sofrer com alguns incômodos na região íntima

Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Erica Mantelli (CRM 124.315), mudança da flora vaginal causada, pelos hábitos adotados durante o verão, podem ser os responsáveis pelas doenças. “O uso frequente de peças úmidas e roupas com tecidos sintéticos proporcionam o aumento da umidade e temperatura da região genital que acaba criando condições favoráveis para o crescimento de fungos, protozoários e bactérias no local”, explica.

Esses hábitos ainda podem agravar o corrimento e torná-los mais frequentes. “São diversos os tipos e as causas do corrimento, por isso, sempre que a gestante notar algo errado ela deve procurar o seu ginecologista para que seja feito o diagnóstico”, aconselha a ginecologista.

Inimigos do verão

O verão é o período em que a proliferação de bactérias é maior, por isso, as doenças que comprometem a saúde íntima da mulher são mais comuns. Para esclarecer sobre as doenças mais frequentes na gestação nessa época do ano, a ginecologista Dra. Erica listou quais são e como tratar:

Candidíase - O responsável pela coceira e ardência vaginal, dor ao urinar e corrimento branco grumoso, é o fungo que pertence á flora vaginal, a cândida. “As alterações hormonais na gestação podem modificar a flora vaginal. Com isso há proliferação do fungo, ocasionando a infecção”, diz a médica.

Dependendo do fungo o tratamento pode durar até 15 dias. “O médico deve escolher o tratamento mais adequado levando em consideração o estágio de gravidez para amenizar a coceira e a irritação no local.

Tricomoníase - A tricomoníase é uma infecção causada pelo Trichomonas vaginalis que pode se hospedar no colo uterino, na vagina ou na uretra. Sua principal forma de transmissão é pela relação sexual. Apesar de a doença ser transmitida sexualmente, no verão a flora vaginal está em constantes mudanças, o que favorece para o surgimento da doença.

Corrimento na cor amarela, coceira na região genital, dor pélvica e ardência ao urinar são alguns dos sintomas. “Ao notar os sintomas a gestante deve procurar com urgência o ginecologista. Caso a doença não seja tratada, a gestante corre o risco de sofrer uma ruptura prematura da bolsa amniótica, trabalho de parto prematuro e o nascimento do bebê com peso baixo”, alerta a ginecologista.

Vaginose bacteriana - A vaginose é provocada pela bactéria Gardnerella Vaginalis. O seu principal sintoma é corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com cheiro forte e coceira.  A sua causa pode estar relacionada a alterações na flora vaginal e uma higiene íntima inadequada durante a gravidez. “O tratamento pode ser medicamentoso ou por meio da aplicação de creme vaginal, levando em conta o estágio da gravidez”, esclarece a médica.

Independente do tipo do corrimento, o tratamento só deve ser indicado pelo ginecologista e obstetra. Jamais pratique auto-medicação ou deixe de consultar o médico.

A saída de líquido pela vagina nem sempre é corrimento, e dependendo do estágio da gravidez, pode ser líquido da bolsa amniótica. Em caso de dor, perda de qualquer quantidade de líquido e desconforto na região íntima, procure seu médico imediatamente.

Apesar do tratamento ser simples, corrimentos não tratados adequadamente podem colocar  a saúde do bebê em risco. 

  Previna-se

. Não permaneça mais de três horas com roupas de banho úmidas ou molhadas;

. Evite compartilhar sabonetes, peças íntimas ou toalhas;

. Opte por roupas mais leves e evite calça jeans justa;

. Use sabonete neutro ou sabonete higiênico íntimo indicado pelo seu ginecologista;

. Lave roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol.

. Mantenha alimentação balanceada e evite situações de estresse, para que não haja queda da sua imunidade.

 

*Sacha Silveira Assessoria de Comunicação

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