*Eduardo Ferraz
Como em todos
os anos, é chegada a época de fazer o balanço das finanças, das metas e,
sobretudo, da vida profissional. Será que tudo o que você planejava para a sua
carreira aconteceu? Será que não é o momento de recarregar as baterias e pensar
em uma recolocação?
Nesta época
vai mesmo dando aquela ressaca, aquele cansaço. Se a pessoa está em um lugar
bom, ela aguenta o cansaço, sai de férias e volta com a pilha nova. Mas, se
está esgotada, em uma situação ruim, é comum que ela comece a pensar seriamente
em procurar outro emprego.
Sinais como
alto nível de insatisfação, poucas oportunidades de mudança, poucas chances de
crescimento a longo prazo e chefe medíocre, indicam que realmente está na hora
de mudar.
O perigo está
em agir em por impulso. É muito comum, especialmente no final do ano, as
pessoas estarem cansadas, estressadas. Mesmo sendo uma empresa boa e o trabalho
adequado, não significa que existirá pouca pressão. Por isso, é muito
importante aproveitar os dias de folga para refletir bastante antes de decidir.
Na prática as
pessoas trocam de emprego sem pensar e acabam pulando de galho em galho e
queimando o currículo. Entre outras dicas, o consultor defende que sempre é
tempo de recomeçar, não há nada de errado nisso, mas é necessário prudência. É
preciso estudar uma nova opção por, no mínimo, três meses antes de tomar a
decisão de mudar algo drástico na carreira. Além disso, prepare seu currículo e
procure bem as opções existentes no mercado. Analise se realmente vale a pena
mudar e verifique bem os benefícios da nova oportunidade, o tempo que ficará no
trânsito, se há chances de crescer, de aprender.
Não devemos
olhar apenas o lado financeiro, precisamos levar em conta, quatro questões: a
primeira delas é sim o dinheiro, em seguida a segurança e estabilidade, a
terceira é a quantidade de aprendizado, seja ele formal ou informal, e a última
questão são as chances de ser promovido. Pese essas quatro coisas, se três
delas são favoráveis, mude.
É importante
destacar ainda que os profissionais são mais valorizados quando estão
empregados, por isso pense bem se é melhor pedir as contas antes de arrumar um
novo emprego ou esperar conquistá-lo para então pedir demissão. O passe de um
candidato desvaloriza de 30% a 40% quando está desempregado.
* Eduardo
Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas há 25 anos e especialista em
treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de
30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos. É pós-graduado em Direção de Empresas e autor
dos livros “Por que a gente é do jeito que a gente é?”, “Vencer é ser você” e
“Seja a pessoa certa no lugar certo”, pela Editora Gente.
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