Doenças respiratórias em crianças
aumentam 30% no inverno
Baixa umidade do ar, queda de
temperatura e aglomeração em ambientes fechados facilitam a contaminação por
vírus e bactérias
Cof-cof.
Atchim.Cof-cof. Atchim. Começou a sinfonia. Na época mais fria do ano,
os sons mais ouvidos são os de tosse e espirro, principalmente entre as
crianças. Isso porque, com a chegada do outono e do inverno, a umidade fica
mais baixa, dificultando a filtração do ar pelas narinas, o que favorece a
contaminação por vírus e bactérias. Além disso, a queda da temperatura diminui
a proteção natural do corpo e faz com que as pessoas se aglomerem em ambientes
fechados, o que também favorece a transmissão dos microrganismos.
“Este ano, o frio chegou mais cedo. Em março, já registramos
um crescimento de mais de 30% no número de atendimentos a crianças com doenças
respiratórias, no pronto-socorro infantil. Os problemas mais comuns nesta época
do ano são resfriado, gripe, bronquiolite, broncopneumonia e sinusite. O índice
só diminui quando a temperatura começa a aumentar, ou seja, a partir de
setembro, com a chegada da primavera”, revela o pediatra da Rede de Hospitais
São Camilo de São Paulo, Hamilton Robledo.
Ainda de acordo com o especialista, é preciso ficar atento
aos sintomas para saber quando a criança deve ser encaminhada ao pronto-socorro
infantil. “Os sintomas do resfriado são mais brandos, como congestão nasal
acompanhada de coriza aquosa, enquanto a gripe apresenta dor no corpo, febre e
dor de cabeça. A bronquiolite, que é a inflamação dos brônquios, se manifesta
por meio de tosse com secreção e falta de ar, sintomas muito parecidos com a
pneumonia e broncopneumonia, que são infecções no pulmão e nos brônquios,
respectivamente, nas quais há tosses com secreção amarelada/esverdeada,
acompanhada por falta de ar e febre. A sinusite, por sua vez, apresenta
congestão nasal, secreção amarela/esverdeada, dor de cabeça, febre e dor no
corpo”, detalha.
“Quando a criança apresenta tosse com febra alta de difícil
controle e falta de ar, é preciso procurar atendimento de emergência. Com base
na história clínica, exame físico e exames subsidiários laboratoriais ou de
imagem, quando necessários, será fechado o diagnóstico. O tratamento pode
variar de medicamentos sintomáticos, inalações, até o uso de corticoides e
antibióticos”, explica o pediatra.
Proteja seu filho!
· Vacine- o contra a
gripe;
· Hidrate-o com água,
chá, sopas;
· Ventile a casa
durante o dia;
· Higienize as mãos
frequentemente;
· Utilize máscaras,
caso fique doente e tenha filhos com menos de um ano;
· Evite ambientes
fechados e aglomerados de pessoas;
. Evite sair de casa ou deixar a criança brincar em ambiente
externo ao final da tarde e início da noite, pois é quando há uma grande queda
da temperatura.
*Ketchum Agência de Comunicação
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