Tempos de crise: mudar ou lamentar?
“São inúmeras as ofertas para o nosso desenvolvimento
emocional, talvez mais do que a mente possa captar”, afirma especialista em
gestão de pessoas
O que está por trás de um gestor que consegue empreender
mudanças, antever tempos de tormenta e se tornar protagonista de uma nova
história? Alguns podem atribuir essa qualidade a experiência, formação
acadêmica e conhecimento da cultura empresarial. Porém, especialistas apontam
que há um fator fundamental que serve de base para que este processo dê certo:
o equilíbrio emocional com foco e objetivo definidos.
Aplicar esses elementos no dia a dia é um grande desafio, e
requer prática. Entretanto, há um profissional capaz de acelerar e auxiliar
neste processo: o coach. A expressão, que surgiu lá pela década de 80, hoje
ganha destaque no cenário empresarial. Muitas vezes, as empresas buscam a ajuda
destes especialistas em casos de crise ou transição.
Márcia Dolores Resende, diretora do Instituto de Thalentos,
possui 30 anos em gestão de pessoas, nos segmentos de finanças, indústria e
serviços. Ela explica que o coach permite que o seu coachee (assessorado)
acesse suas competências, mesmo aquelas que ele acredita estarem
“adormecidas”. “Quando essa habilidade é
ativada, ele passa a planejar em congruência com a visão de cenários e futuro.
A capacidade profissional de lidar com adversidades e utilizar bem as
oportunidades fica potencializada”, destaca.
O grande desafio está em identificar as emoções e saber que
cada uma delas pode ser direcionada para resolver as inúmeras demandas de uma
empresa em tempos de crise. “Através do
coaching eficaz é possível tornar essa utilização mais automática e disponível
mais vezes no cotidiano. Essa ferramenta oferta uma oportunidade para realizar
e promover mudanças sustentáveis no dia a dia”, explica Márcia.
O método permite transformar os aspectos simples da vida, a
cada minuto. “Somos movidos por várias emoções, seja no trânsito ou em casa, ao
gerenciar diversos interesses e, principalmente, no trabalho, ao desenvolver
atividades que agregam diversidades e sempre tentando manter o foco em tudo.
Exercer todas as atividades, sem estar preparado emocionalmente, culmina em
desgaste e falta de motivação”, alerta a especialista.
Márcia explica que são inúmeras as ofertas para o nosso
desenvolvimento emocional, talvez mais do que a mente consciente possa captar.
“Por exemplo, é possível reconhecer que através de pequenas ações estamos
constantemente sendo colocados em experiências que geram resultados diferentes
dos esperados, o que poderíamos intitular de “frustração”. E aí, sim, teríamos
uma bela armadilha emocional, que nos privaria de experimentar um dia a dia com
inúmeras possibilidades, resultando numa vida profissional sem graça e com
inúmeras queixas".
Todos possuem inteligência emocional, o que resta saber é
que existe, sim, a possibilidade de aprender “como” manusear as emoções de
acordo com os objetivos. “Quando você utiliza suas emoções para realizar algo
melhor, sua inteligência emocional está em alto desempenho. Quantos já não
viveram um dia ao revés, aquele em que tudo caminha em uma direção diferente da
planejada? Nessas ocasiões, a sábia vida
faz um convite para exercitarmos nossa inteligência emocional. Utilizando-a
corretamente, conseguimos tornar esse dia, que tinha tudo para ser ruim,
produtivo e bom.
Quem acessa essa capacidade terá um dia criativo e, quem
sabe, até divertido. Por mais difícil que possa parecer, isso é possível.
“Nossa neurologia tem a magnífica aptidão de apreciar e de desenvolver novos
caminhos. Quanto mais você usá-la para diversificar, driblar situações com
novas estratégias, maior a resiliência ao negativo e mais vigor no positivo,
algo que no mercado vale muito. Inúmeras empresas investem para seus colaboradores
desenvolverem essa competência”, conclui a diretora do Instituto de Thalentos.
*Núcleo de Comunicação
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