sexta-feira, 22 de maio de 2015


Como se faz uma miss?

Os concursos de miss exigem estudo, genética e cirurgia plástica das participantes

As últimas notícias sobre a tentativa de encontrar esta fórmula diziam que: 

·   “Atualmente, é cada vez mais comum ver adolescentes se submetendo a cirurgias plásticas. A Miss Teen Duque de Caxias, Gisele Oliveira, de 15 anos, seguiu esse caminho... Gisele, que também trabalha como modelo, conta que sonhava passar pela cirurgia por não se sentir bem com seu nariz. ‘Acho que me atrapalhava nos meus trabalhos. Mas o mais importante é que eu acho que não combinava com meu rosto. Nunca houve alguém que me dissesse que perdi o trabalho por causa do nariz, mas eu sentia que acontecia. Eu tinha sempre de buscar meu melhor ângulo. Acho que isso vai me deixar mais segura’, diz Gisele".   FONTE: SITE EGO-NOTÍCIAS

·   Geralmente concursos de beleza têm um animado capítulo reservado à suspeita de que uma certa candidata usou o artifício da cirurgia plástica para ficar mais bonita. Mas na Hungria exatamente a fato de ter "adulterado" o corpo é o que mais conta em um concurso de beleza, o “Miss Cirurgia Plástica”.  A disputa, que já está gerando polêmica, está aberta a candidatas entre 18 e 30 anos, residentes na Hungria, que já foram submetidas pelo menos a uma operação plástica que tenha exigido anestesia local ou geral. Merecem boa pontuação implantes de silicone, lifting facial e lipoescultura, segundo informações do Plastic Surgery Channel.     FONTE: SITE O GLOBO

“Para se candidatar a um concurso de miss, não basta apenas se achar ‘bonitinha’ ou ter a vontade de satisfazer os anseios da família. Neste tipo de concurso de beleza, como em tanto outros, existem interesses que transformam os participantes em produtos. E como produto, o candidato pode gerar dividendos para muitos”, afirma o o cirurgião plástico Ruben Penteado(CRM-SP 62.735), diretor do Centro de Medicina Integrada.

Beleza realmente importa para os organizadores desses concursos e está associada a um padrão de harmonia exigido pelo concurso, como por exemplo: as medidas de busto - 90 cm, cintura 60/64, quadril 90/95, altura 1,75/1,78 e idade entre 18 a 24 anos. Segundo “os experts em miss”, o ideal é que ela tenha a pele perfeita, pernas longas, não muito grossas, panturrilhas definidas e para alguns o rosto quadrado pode ser muito apreciado.

“Contrariando a regra geral de beleza brasileira de seios volumosos, músculos e curvas bem definidos, as misses seguem outro padrão globalizado, que deve despertar um sentimento de beleza elegante e refinada. Este conceito de beleza começa a ser cultivado no seu próprio meio social, na sua cidade, depois, se expande para o seu Estado, País e aí mundo afora. São várias as categorias: Miss Universo, Miss Mundo e Miss Beleza Internacional, ou respectivamente, 1º, 2º e 3º lugares no concurso de Miss Brasil”, observa o médico.

Atualmente, “certos melhoramentos na beleza natural” de uma candidata são permitidos e aceitos, antes do concurso para "a mais bela". “A beleza física já pode ser retocada pelo cirurgião plástico, valorizando traços da beleza que ‘Deus deu’ e atributos herdados dos pais. Os concursos de miss exigem estudo, genética e cirurgia plástica das participantes. Não condeno a prática, desde que o desejo de fazer a cirurgia plástica seja genuíno, ou seja, seja manifestado pela própria candidata a miss, e não sugerido pela mãe, pelo agente, pelo organizador do concurso. Serei mais feliz depois da cirurgia plástica? Essa é a pergunta que a candidata a miss deve fazer a si mesma e não ‘ganharei o concurso se fizer a plástica?’ ”, defende Ruben Penteado.

Excessos?

O médico conta que assim como os demais procedimentos estéticos, as cirurgias plásticas realizadas pelas misses também estão sujeitas aos abusos costumeiros que as pessoas cometem em nome da vaidade.

“Recentemente, li uma notícia na Internet, que comentava um problema no concurso de Miss Coreia do Sul. Todas as candidatas eram muito parecidas umas com as outras e, segundo a reportagem, ‘a culpa ‘seria da cirurgia plástica, cada vez mais comum no país. Ou seja, a padronização dos rostos acaba com os diferenciais que podem deixar alguém mais bonito ou atraente. Segundo as informações da matéria, uma a cada cinco mulheres de Seul teria passado por uma cirurgia plástica. Entre os procedimentos mais procurados por lá estão a cirurgia de pálpebra dupla, que deixa os olhos das coreanas mais ocidentalizados, e, o reajuste de mandíbula, para esculpir o rosto em um formato mais ovalado ou de ‘V’. Diante de um quadro desse, como escolher a candidata mais bonita?’, questiona Ruben Penteado, que é membro da membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

“São muitas as vozes contra a maciça disseminação de expectativas irreais sobre a cirurgia plástica, especialistas em ética denunciam a exposição dos pacientes e os cultores da estética queixam-se da entronização de um modelo de beleza pasteurizado e exagerado. As pessoas submetidas a um grande número de intervenções de fato sofrem uma ‘plastificação’ facilmente identificável nos seios, dentes grandes demais, maçãs do rosto excessivamente ressaltadas e os famosos lábios hiperinflados”, afirma o diretor do Centro de Medicina Integrada.

Os efeitos benéficos da cirurgia estética sobre a disposição do espírito são conhecidos na prática e na teoria também. “O benefício da cirurgia plástica é maior para aqueles que aceitam a opinião do cirurgião plástico e têm consciência dos resultados que podem ser alcançados pela medicina, bem como o de suas limitações. E isso se aplica às misses também”, defende Ruben Penteado.

*MW-Consultoria de Comunicação

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