Você tem cachorro em
casa? Cuidado com o surto de Cinomose em Morro Agudo
Veterinário explica que
vacinação é melhor caminho para evitar a Cinomose
Nas últimas
semanas foram registrados em Morro Agudo diversos casos de cães doentes, sendo
que alguns foram a óbito e muitos outros estão em tratamento. Todos contraíram Cinomose. Porém, esse é
apenas um exemplo do surto vivido hoje em Morro Agudo.
Mas você sabe
o que é Cinomose? Qual é o tratamento e como pode ser prevenida?
O jornal A
Tribuna de Morro Agudo recorreu ao veterinário Antonio D. Pimentel, da Clínica
Veterinária Pimentel para tirar todas as dúvidas sobre a doença.
“A Cinomose é
uma doença exclusivamente canina, não atinge outros animais domésticos, como
por exemplo os gatos. Também não é zoonose, pois não passa para o homem. É
causado por um vírus, altamente contagioso e com alto índice de morte”, explica
o veterinário Antônio D. Pimentel, acrescentando que a vacinação é o melhor
caminho para evitar a Cinomose.
De acordo com
ele, diante de um cenário de surto, se o animal começou a ficar triste e sem
apetite, deve-se procurar um veterinário imediatamente. “O diagnóstico
sintomático é complicado porque essa doença tem vários sinais como secreção nos
olhos, tosse, diarreia. Mas não aparecem necessariamente em todos os animais.
Alguns apresentam cegueira, outros problemas nos ouvidos e pode até atingir
diversos órgãos como o pulmão. Então só o exame específico para dar o
diagnóstico preciso”, disse ele.
Outro alerta
do Veterinário é que quanto mais cedo começar o tratamento, maiores são as
chances de cura ou de reduzir as sequelas neurológicas. “O tratamento é por meio de medicamentos (antibióticos,
suplementos vitamínicos, entre outros), mas cada caso tem uma receita própria
de acordo com os sintomas apresentados. O grande problema é que muitos esperam
a doença chegar a um estágio avançado para então procurar ajuda especializada”.
O veterinário
Toninho Pimentel - como é mais conhecido – fala que a Cinomose pode atingir o sistema nervoso
do cachorro afetando a coordenação
motora do animal (fica sem andar) ou tem
convulsões.
“O grande problema é o contágio, porque a
maioria dos cachorros não é imunizada. Como é causada por vírus, só o ato de um
cão cheirar o outro, já pega. Se alguém que está cuidando de um animal doente
tem contato com um que está sadio sem a devida higienização também transmite”.
Isso poderia ser evitado com uma simples atitude:
dar a vacina anualmente. “Quando o animal está sadio, deve dar a vacina que é
importada e de forma regularizada aplicada por um veterinário. Enquanto você
gasta cerca de R$ 50 com a prevenção, vai ter um custo de R$ 300 a R$ 500 com o
tratamento, sem a garantia de cura”.
“Além do
surto, outra preocupação nossa é com os cachorros de rua, porque temos uma
grande quantidade de animais de rua em Morro
Agudo. E como não há campanha de vacinação gratuita como acontece com a raiva,
os animais estão ainda mais expostos ao contágio e à proliferação da doença”,
conclui o Veterinário.
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