Depilação na gravidez: o que pode e o
que não pode?
*Cristiane dos Santos
Pereira
A vinda de uma nova vida ao mundo sempre é motivo de alegria
para toda a família, especialmente para a mulher, que carrega por nove meses
essa dádiva. A gravidez, apesar de um processo longo e cheio de cuidados, é um
dos momentos mais bonitos e esperados da vida da maioria das mulheres. Ser mãe
é algo inexplicável, e esse é um momento a ser vivido de forma plena, como mãe
e como mulher, sempre com os devidos cuidados.
Uma das principais preocupações de qualquer mulher é a
saúde, sua e do bebê. Deve ser por isso que há nas mães cuidado suficiente para
transmitir aos filhos, desde a gestação até a vida adulta de seus eternos
“bebês”. Justamente por isso que os cuidados crescem exponencialmente durante a
gravidez, e um dos assuntos mais cheios de controvérsias que afetam a mulher
nesse período é o da depilação.
Seja por um motivo puramente estético, higiênico, ou mesmo
uma preferência, muitas mulheres se depilam. Na gravidez isso não muda, porém
há certos cuidados que devem ser observados durante esse momento da vida. Para
começar, os médicos não recomendam a utilização de nenhum método depilatório
nos três primeiros e nos três últimos meses, pois qualquer método que faça a
gestante forçar uma contração pode ser prejudicial durante esses períodos.
É importante ressaltar que as mulheres podem continuar a se
depilar, tranquilamente, durante o período de gestação, mas há de se considerar
certas recomendações. Alguns cuidados são médicos, inclusive proibições, e
outros são indicações para evitar o desconforto e a dor na gestante.
A maioria das mulheres tem um aumento significativo da
sensibilidade, durante a gravidez. Nesse período, a pele está mais propensa a
dor e irritação, quadro que não necessariamente dura toda a gravidez. A região
pélvica, por exemplo, é a que mais sente essa sensibilidade exacerbada.
O afastamento dos ossos na bacia e o aumento do fluxo
sanguíneo, especialmente na área vaginal, deixam a região sensível à dor. Isso
ocorre muito no início da gravidez, e pode demorar um tempo até esse quadro se
estabilizar. Os métodos de depilação fazem a diferença nesse momento, podendo
representar maior ou menor desconforto, ou mesmo riscos médicos aos quais a
gestante deve ficar atenta.
A depilação com lâmina tem passe livre de um modo geral,
porém, além da maior constância em realizar o procedimento, o aumento da
sensibilidade da pele pode representar um aumento de pelos encravados, gerando
dor e possíveis abcessos.
A cera é uma das melhores opções em casos assim. Seja ela
quente, fria ou morna, ela não apresenta riscos à saúde da gestante e do bebê,
assim como dá à mãe um tempo extra entre uma sessão de depilação e outra,
diferentemente da depilação com lâmina. O que pode incomodar é que o aumento do
fluxo sanguíneo em algumas mulheres pode trazer uma dor extra, principalmente
nas primeiras semanas, quando o corpo ainda está se adaptando à nova situação.
Uma cera de qualidade, preparada com foco nas gestantes,
pode ser a solução. Feita com produtos naturais e com uma preocupação extra
para esse público em específico, há materiais que se focam em diminuir esses
efeitos de desconforto, como é o caso da rede de depilação Depilrica. Como
existem vários tipos de cera para cada tipo de pele e região do corpo, o
procedimento é muito mais seguro e menos doloroso.
Algo a ser evitado é o uso de cremes depilatórios. Não há
estudos que comprovem sua segurança para a saúde do bebê, tendo inclusive
médicos e fabricantes que não os recomendam a gestantes por conterem amônia. A
substância poder chegar à corrente sanguínea do bebê em formação, através da
pele e sangue da mãe. Outro produto que não tem uma definição é o usado para
clareamento dos pelos. Não existem estudos que comprovem sua segurança.
De todos os procedimentos, aquele que está terminantemente
proibido é o de depilação a laser ou definitiva. O uso de laser, ou eletrólise,
é em princípio seguro para a mulher, mas não se sabe a extensão disso para a
criança em formação. Há relatos sobre o escurecimento da pele em locais onde há
maior concentração hormonal típica da gravidez, porém testes clínicos
definitivos dos efeitos em gestantes não foram realizados por médicos, por
motivos óbvios.
Algo que sempre é ressaltado por médicos e especialistas é a
higienização do local depilado, juntamente com os aparatos utilizados, sejam
eles lâminas ou a própria cera. Em hipótese alguma esses utensílios devem ser
reutilizados por outras pessoas, podendo representar sérios riscos à saúde da
mulher e do bebê.
Ser mãe é, em primeiro lugar, ser mulher, e estar bonita e
confortável é algo que todas nós queremos e precisamos. Desde que os devidos
cuidados sejam tomados, a depilação para gestantes está liberada, e a cera é a
melhor pedida. Vale a pena consultar um médico em caso de dúvidas, e ficar
sempre atenta.
*Cristiane dos Santos
Pereira é depiladora profissional da Depilrica, com sete anos de experiência no
mercado de beleza.
**InformaMídia
Comunicação
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