sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Fim do aluguel de cães‏?

Por que é FUNDAMENTAL acabar com o aluguel de cães de guarda?

“Não importa se essa prática é usual. O que importa é reconhecer que os cães são sensíveis e necessitam de uma família para terem qualidade de vida. Eles não são objetos, não podem ser tratados como meros equipamentos de vigilância. Nossa luta é para que os animais tenham o respeito que merecem, em vez de estarem sujeitos a serem baleados, envenenados, ou a atacarem pessoas inocentes, como uma criança atrás de uma bola.”
É assim que Feliciano Filho (PEN-SP), um protetor de animais com longos anos de atuação – e inserido na política com o objetivo de defender as causas nas quais sempre acreditou –, resume a importância do Projeto de Lei 371/2015, de sua autoria.
 Protocolado em 31 de março deste ano, o PL, conforme exposto em sua ementa, “dispõe sobre a proibição da prestação de serviços de segurança e vigilância patrimonial por cães de guarda no âmbito do Estado”. Em resumo, erradica uma prática deplorável, que é o aluguel de cães de guarda.
Os modernos estudos comportamentais reconhecem que os animais de estimação, sobretudo os cães, são extremamente ligados às suas famílias. Eles identificam o guardião com o “chefe da matilha”, que é o tipo de organização social natural aos caninos. Sem um “líder” específico, submetidos a uma rotina estressante e treinados para ataque, os cães utilizados pelas empresas de segurança têm uma existência dura e desconectada do que lhes seria prazeroso e natural.
“Uma atividade econômica, por mais importante que seja, não pode se basear na exploração e no sofrimento de seres indefesos e destituídos do direito de escolher”, esclarece o deputado. Feliciano também afirma que as empresas de segurança fariam muito mais pela sociedade se começassem a oferecer empregos para um número maior de seres humanos: “Os vigilantes poderiam ser bem treinados e receberiam remuneração compatível com a complexidade e os riscos inerentes à atividade desempenhada. Muita gente precisa trabalhar, sobretudo agora, em que a situação do Brasil está difícil. Já os cães submetidos a essa modalidade de escravidão poderiam passar por um período de ressocialização e serem merecidamente encaminhados para novos lares, onde seriam tratados e respeitados como merecem”, ele conclui.

*Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação

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