sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Governo está perdendo os alicerces políticos na condução do País
*Reginaldo Gonçalves
 A fragilidade que se encontra o Governo Soberano em virtude das pedaladas e das sucessivas modificações e uso indevido dos recursos públicos, assim como, contaminar  as empresas de Economia Mista como a Petrobrás esta comprometendo o orçamento público de 2016.
A contaminação de membros do Governo que querem aumentar a arrecadação tributária sacrificando ainda mais o meio produtivo parece ser uma das premissas mais pontuadas na gestão, ninguém quer "largar o osso" e eventualmente prejudicar a possibilidade de manutenção nos órgãos públicos diversos.
O que temos presenciado é a briga de Titãs entre o Governo e a base aliada além do Congresso, vemos o Ministro da Fazenda buscando alternativas para equilibrar as contas,  mas um grande grupo querendo perpetuar o desmando e os desvios de finalidade prejudicando milhares de brasileiros que estão sendo desempregados a todo o momento. Ninguém  pensou na coletividade e sim nos grupos de correligionários que querem manter seguro os recursos recebidos, seja na forma de contratações de terceirizados, seja na forma de cargos comissionados.
A Presidente diz que agora dá importância para crise brasileira, quando essa crise já esta a algum tempo batendo na porta e nada se fez, pelo contrário, a festa do gasto público continuou enquanto minguava a arrecadação das empresas por perda de competitividade interna e com o exterior. Tudo é motivo para justificativa de desvios de finalidade, mas, agora acende uma luz no fim do túnel onde ninguém  tem coragem de falar que o corte de ministérios e de 1.000 cargos comissionados vão gerar uma economia que poderá melhorar os indicadores relacionados a divida pública seja interna ou externa.
Novamente passamos por um orçamento que não fecha as contas e deverá somente ser terminado no ano seguinte, mas, muitos grupos querem aumentar impostos em uma economia que somente nesse ano perdeu aproximadamente 500 mil postos de trabalho até julho/2015 conforme indicadores do CAGED. Sabemos que os empregos informais também sofre com tal situação, os consumidores tem cada vez mais medo de gastar e quem tem emprego tem medo de ficar desempregado.
A falta de transparência é latente e assumir responsabilidades parece ser mais dificil do que omitir ou até mentir, mas, vemos que o uso político das empresas administradas pelo Governo ainda é latente e é fundamental reestruturar o funcionalismo público e reduzir cargos comissionados e serviços terceirizados para que a lição comece a ser feita pelo Governo.
Outros fatos que estão passando despercebido é quando as Empresas Estatais que não geram resultados, assim como a criação de agências reguladoras, precisa haver maior sinergia do mercado, mas, a criação dessas entidades sem faturamento, mas, como funcionários ali alocados geram gastos que não melhoram o atendimento e o respeito com o cidadão, assim como, não justifica o aumento de tributos de maneira geral.
A proposta de atender o superávit primário de 0,7% do PIB em 2016 parece cada vez mais difícil, embora a meta a ser alcançada é baixa já que o endividamento público é cada vez mais alto e não consegue somente amortizar os juros com uma escalada alta da taxa Selic que atinge 14,25% ao ano diante de uma dívida publica federal de R$ 2,6 tri que atingiu em julho/2015.
A busca de uma meta de estabilidade econômica, mesmo em momentos de crise precisa ser equacionada independente de acordos entre partidos, mas, que haja um julgamento do que é fundamental para atender as premissas básicas de segurança, transporte, habitação, saúde e educação incluindo os investimentos em infraestrutura para que o país volte a ser competitivo, não dependendo tão e somente de produtos agrícolas, mas, que possa buscar através da indústria uma produção que possa permitir a agregação de valor e a oportunidade de atender ao mercado interno assim como a exportação.
Governante sério, justo e transparente é aquele que busca alternativas para preservar o seu povo sem que haja a delapidação patrimonial e aumento de impostos para fazer frente aos seus gastos de maneira descontrolada e benefícios de uma pequena classe de pessoas prejudicando a coletividade.

*Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis na Faculdade Santa Marcelina (FASM)

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