sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Clínica BemStar promoveu palestra sobre Transtornos Alimentares: Obesidade, a epidemia do século XXI

Na última quarta-feira, dia 10, a Clínica BemStar, de Morro Agudo promoveu a primeira palestra de um ciclo sobre “Transtornos Alimentares: Obesidade, a epidemia do século XXI”, proferida pelas profissionais Ana Carolina Fusco - Psicóloga/Neuropsicóloga;  Elaine Ribeiro de Mendonça – Psicoterapeuta; Nádia Malheiro Cezário – Fonoaudióloga e Priscila Albino – Nutricionista.
A psicoterapeuta Elaine Ribeiro de Mendonça falou sobre as condutas alimentares; recusa alimentar na primeira infância; recusa alimentar na idade escolar; seletividade alimentar e disfagia funcional.  Alimentação x Aconchego
Ela destaca também que a obesidade infantil é um problema sério que vem se agravando dia a dia e que quatro em cada cinco crianças serão adultos obesos.
“A obesidade acarreta problemas nas articulações, diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, prejudica a autoestima e causa rejeição social”, fala Elaine.
A psicóloga/neuropsicóloga Ana Carolina Fusco destacou os aspectos psicológicos e neuropsicológicos na obesidade, por ser esta uma condição complexa influenciada por diversos fatores. Sendo assim, é necessário que todos estes fatores sejam vistos e compreendidos para que assim possam ser iniciados os tratamentos adequados, abordando a compulsão  e compulsão  alimentar - impulso incontrolável;  as atividades são semelhantes e nas mesmas regiões cerebrais que dependentes do álcool e outras drogas.
Segundo ela, o comportamento alimentar está diretamente ligado ao cérebro e ao sistema nervoso, bem como as condições mentais e emocionais. “Comer está basicamente relacionado à manutenção da vida, da saúde. Mas, muitas vezes come-se além do necessário para a manutenção de uma vida saudável, ou seja, come-se compulsivamente. Assim, os prejuízos começam a surgir e este comportamento é consequência de uma mente que precisa de cuidados, pois  se  a pessoa está ansiosa, sentindo-se culpada  ou precisando de ajuda emocional , pode começar a comer compulsivamente e esse comportamento não está ligado à manutenção da vida. Nesse momento, a comida passa a ser um meio de “controlar” as emoções, a raiva reprimida, ansiedades, angústias, tristezas. A comida aqui pode ser vista como bode expiatório.
“Os adolescentes tem maior iniciativa em iniciar dietas devido a pressão do grupo e da mídia, porém dificilmente diferenciam fome de “vontade  de comer”. A comida exerce função de reguladora do mal-estar, busca pelo prazer e em seguida sentimento de culpa e não de saciedade”, diz ela.
     Aspectos neuropsicológicos na obesidade
A dependência alimentar está relacionada aos centros de recompensa do cérebro. Trata-se de um processo biológico, não somente comportamental. Hoje, acredita-se que, no cérebro há circuitos neuronais comuns responsáveis pela sensação de prazer promovida pela ingestão de alimentos; relacionada às funções executivas , uma série de processos mentais que precisamos ativar ao executarmos um comportamento dirigido a um objetivo.
A obesidade acarreta alguns prejuízos, como a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAPS); déficits de memória; déficits de atenção; capacidade de planejamento deficitária; flexibilidade mental e tomada de decisões.
Segundo Ana Carolina, os tratamentos podem ser o acompanhamento nutricional; orientação para uma atividade física; abordagens terapêuticas. No entanto, o tratamento farmacológico só é recomendado quando o indivíduo não consegue perder peso por meio de dietas e exercícios.
A nutricionista Priscila Albino fala que segundo o Ministério da Saúde quase metade da população brasileira está acima do peso, por exemplo, em 2006, o índice era de  42,7% e em 2011, passou para 48,5%.
A obesidade entre os homens é de 18,2% e nas mulheres 17,6%, já os brasileiros  com sobrepeso  somam 56,5% do total e as brasileiras representam 49,1%.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica aponta que o  número de obesos mórbidos praticamente dobrou em 7 anos no país:  de 3,5 milhões em 2007 passou para 6,8 milhões, em 2014.
Os tipo de obesidade são: Andróide; abdominal ou visceral -  Tecido Adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómem, típica do homem obeso e Ginóide, caso em que a gordura se distribui, principalmente na metade inferior do corpo, na região glútea e coxas, típica da mulher obesa.
A nutricionista Priscila fala que as consequências da obesidade são  diversas, como: Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose (estreitamento ou endurecimento das artérias) , insuficiência cardíaca congestiva (ocorre quando o coração não esta bombeando sangue suficiente para satisfazer as necessidades do corpo) e  angina de peito.
Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática (gordura no fígado), litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;

Aparelho genito-urinário e reprodutor: infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço (escape de urina quando realiza algum esforço), hiperplasia (aumento no tamanho de algum órgão ou tecido) e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, etc., dentre outras alterações como  insuficiência venosa crónica (incapacidade das veias das pernas em bombear um volume suficiente de sangue de volta ao coração), risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.
A fonoaudióloga Nádia Malheiro Cezário falou sobre os motivos para mastigar com mais calma, pois estimula a produção de hormônios da saciedade; reduz  a ingestão de calorias na refeição; evita desconfortos gastrointestinais como azias, dores abdominais, queimação, eructação e flatulência (gases); sentimos melhor o aroma e o sabor dos alimentos; ajuda a reduzir ou prevenir o acúmulo de gordura na região abdominal. Segundo ela, a mastigação adequada facilita o trabalho do sistema digestório, evitando a distensão abdominal e a sensação de “estufamento” que podem favorecer o acúmulo de gorduras na região, além de fortalecer os músculos da face e articulações.

A Clínica BemStar fica na Rua Capitão Francisco Marcolino Junqueira, nº 180 (ao lado do CIAP e Banco Itaú) – Morro Agudo











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