Cinomose
pode matar, por isso, atenção aos sinais do seu cão
Ela é transmitida
pelo ar e por gotículas de secreções vindas dos pulmões, faringe e cavidade
nasal através de tosse e espirros. "Nós mesmos também podemos carregar o
vírus nas roupas, mãos e sapatos que tenham tido contato com essas secreções de
animais doentes", explica a veterinária Giovana Dall'Agnol.
De acordo com ela, a febre é um sintoma comum na fase
inicial, mas os sintomas podem envolver o sistema digestivo, com vômito,
diarreia e perda de apetite, o sistema respiratório, com secreção nasal e ocular,
tosse, pneumonia, e também o sistema nervoso, causando convulsões, paralisias e
tremores, não necessariamente ao mesmo tempo.
A febre é uma manifestação comum no início, seguida da
fase digestiva (vômito, diarreia, queda de apetite), fase respiratória (tosse,
secreção nasal e ocular, pneumonia) e por fim a fase neurológica (mioclonias,
paralisias, convulsões). Nem sempre todas as fases aparecem no mesmo animal. Em
casos agudos os animais morrem rapidamente antes de passar por todas as fases.
Animais velhos que nunca foram imunizados podem adoecer e desenvolver apenas
sintomas neurológicos.
O diagnóstico é
feito através do histórico do animal (idade, se tem vacinas, se teve contato
com animais doentes), de exames laboratoriais, sorologia e outros métodos que
podem ajudar a detectar as causas dos sintomas e iniciar um tratamento.
Por se tratar de uma infecção viral, não há um tratamento
específico contra o vírus. O que se faz é o controle dos sintomas até que se
complete o ciclo do vírus e o sistema imunológico do animal responda. "No
geral recomenda-se internação e isolamento para não contaminar outros animais,
fluidos intravenosos, antibióticos para evitar infecções bacterianas
secundárias e anticonvulsivantes para diminuir os sintomas neurológicos",
explica a veterinária.
O animal que consegue se curar da doença pode ficar com
sequelas, principalmente motoras, como paralisias, tremores em várias partes do
corpo e crises convulsivas.
Segundo Giovana, a
melhor forma de prevenção é vacinar os animais com vacinas de boa qualidade,
aplicadas por veterinário. Filhotes recebem 3 doses de vacina, com 45, 75 e 105
dias de vida, que devem ser reforçadas anualmente. Adultos são vacinados contra
a cinomose 1 vez por ano. "A polivalente canina (V6, V8 ou V10) é a vacina
ideal para imunizar os cães contra cinomose e outras doenças graves", diz
ela.
A veterinária chama a atenção para o fato de que quanto
mais cedo for o atendimento veterinário, maiores as chances de recuperação, por
isso o dono do cão deve ficar atento a qualquer sintoma. "A eutanásia é
recomendada em caso de sequelas graves irreversíveis que impeçam a qualidade de
vida do animal", diz ela.
Os cães recuperados não se tornam portadores, mas é
importante realizar a desinfecção do local ou vazio sanitário antes de
introduzir outro animal no mesmo ambiente onde permaneceu um cão doente.
*Giovana
Dall'Agnol é veterinária formada pela Universidade Federal de Santa Maria,
trabalha com clínica e cirurgia de pequenos animais em clínica própria e
controle populacional de cães e gatos pela Prefeitura Municipal de Caxias do
Sul.
CRMV-RS 11156
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