Confira 5 dicas para
ajudar os estudantes a ter um ano mais eficiente (e divertido)
A partir do trabalho
com as habilidades socioemocionais, especialistas mostram o caminho para um ano
letivo proveitoso
Ansiedade diante do novo ano que se inicia... Como são os
colegas? E os professores? Expectativa, excitação e medo... Diversos estudos
sinalizam a importância das habilidades emocionais e sociais no ensino e na
aprendizagem, como um divulgado recentemente pela Comunidade Internacional de
Cooperação na Educação – MindGroup com mais de 3 mil alunos, no qual
constatou-se, por exemplo, que quanto maiores os níveis de ansiedade em relação
às avaliações, piores foram os desempenhos em Matemática.
Para evitar essas dificuldades durante o ano letivo, Sandra
Garcia, diretora pedagógica, e Anita Abed, psicopedagoga da Mind Lab, destacam
cinco dicas que envolvem o trabalho com as habilidades socioemocionais e que
afetam diretamente o processo de assimilação dos conteúdos ensinados na escola.
Veja:
1. Emoção e razão
caminham juntos - Para que a aprendizagem ocorra, o primeiro passo é a
construção de bons vínculos: com a escola, com os professores, com os colegas,
com o conhecimento. Na hora das avaliações, estudar mais não significa
necessariamente conseguir boas notas - é preciso estar tranquilo e confiante
para demonstrar o que se sabe. Dicas das especialistas: os pais devem
transmitir confiança na escolha da escola, principalmente na Educação Infantil
e séries iniciais; se o aluno demonstra nervosismo e ansiedade, é importante
apoiá-lo para que possa enfrentar esses sentimentos e desenvolver o seu
autocontrole emocional. É importante, estabelecer uma rotina de estudos que
concilie momentos de lazer e ser um modelo de interesse e prazer pelos estudos.
2. Desenvolva a
autonomia - A construção da autonomia do aluno é um processo contínuo e
paulatino. Conforme a criança cresce, deve crescer também o seu espaço para
experimentar, tomar suas próprias decisões, desenvolver responsabilidades,
tornando-se mais maduro com o tempo. Dicas das especialistas: tente equilibrar
o “apoio” e a “cobrança”. Apoiar não é sinônimo de “fazer pelo outro”; apoiar é
interessar-se, é oferecer as condições propícias, é cuidar. Cobrar não é “dar
bronca”, é cumprir o papel de orientador, de mediador. Deixe seu filho/aluno
tentar e errar. Ou tentar e acertar! Aprendemos melhor o que aprendemos
fazendo. Por isso são tão importantes os exercícios, atividades e trabalhos
para casa: é por meio deles que o próprio aluno pode perceber do que é capaz e
no que precisa se esforçar mais.
3. Estímulo ao
trabalho em grupo - A relação do estudante com os demais influencia no
desempenho escolar. Os momentos nos quais os alunos têm que trabalhar em
conjunto são ótimos para os educadores observarem se há dificuldades em
solucionar problemas entre eles e até mesmo se os níveis de competitividade
estão saudáveis. Dicas das especialistas: Valorize o trabalho colaborativo, o
sentimento de “pertencer ao grupo”. Em casa, os pais também devem ficar atentos
ao comportamento de seu filho e seu relacionamento com outras crianças ou
jovens. É fundamental que os pais cultivem o trabalho em grupo em casa e
participem das reuniões nas escolas, dos eventos, da vida escolar dos seus filhos.
4. Amplie o universo
cultural e social - Crianças e jovens devem participar de iniciativas
culturais dentro e fora da instituição de ensino, uma vez que contribuem para
que diversifiquem seus conhecimentos e se insiram em seus meios sociais. Dicas
das especialistas: a escola costuma ser a primeira ampliação do círculo social
da criança, portanto transmita amor e confiança no movimento de saída do
círculo familiar. Conheça e participe dos projetos culturais promovidos pela
escola (passeios, feiras, eventos). Conviva com seus filhos nos mais diferentes
meios sociais: clube, circo, festividades, cinema, teatro... Leia com eles,
assista desenho, leia gibis... Será um bem para eles e também para os pais, que
também se renovam nessas experiências.
5. O prazer em
aprender - É possível e aconselhável trabalhar as habilidades
socioemocionais também fora da sala de aula, o que pode ser feito com muita
diversão por meio de brincadeiras e jogos entre crianças e adultos,
contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e o bom relacionamento
interpessoal e familiar. Um bom desempenho nos estudos depende tanto dos
educadores quanto dos pais. Dica das especialistas: Platão já dizia que
“conhecemos mais uma pessoa em uma hora de jogo do que em uma hora de
conversação”. Então, professor, brinque com seus alunos! Então, pais, brinquem
com seus filhos! Joguem juntos e divirtam-se. Está comprovado que as atividades
lúdicas (brincadeiras de faz de conta, jogos corporais, jogos de raciocínio,
jogos de tabuleiro etc.) são promotoras de desenvolvimento cognitivo, social,
emocional e ético... Em todas as idades!
*Mira Comunicação
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