Conheça os exames fundamentais para a
detecção precoce do câncer de próstata
Toque retal e PSA
ainda são os principais procedimentos, mas ressonância magnética ganha espaço
como método auxiliar de diagnóstico
O mês de novembro é marcado pela campanha mundial chamada
Novembro Azul, que tem como objetivo alertar a população sobre a importância da
detecção precoce do câncer de próstata, o tipo mais comum entre os homens e a
segunda causa de morte relacionada a cânceres no Brasil. Em 2012, foram mais de
60 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Os exames de toque retal e Antígeno prostático específico
(PSA) ainda são fundamentais para o rastreamento do câncer de próstata, e todo
homem acima de 40 anos deve consultar-se com um urologista pelo menos uma vez
ao ano. Entretanto, esses exames, a ultrassonografia e até mesmo as biópsias
apresentam limitações no diagnóstico, o que provocou interesse pelo
desenvolvimento de outras técnicas, como a ressonância magnética.
“Essa última é uma técnica muito promissora por causa da
alta resolução das imagens e da possibilidade de estudar o comportamento
biológico dos tecidos de forma não invasiva”, afirma Dr. Leonardo Kayat,
radiologista do Delboni Medicina Diagnóstica e doutor em ressonância magnética
da próstata pela UFRJ. “De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de
Urologia e da Sociedade Americana de Câncer, a ultrassonografia isoladamente
não é recomendada para o diagnóstico por imagem do câncer de próstata, pois não
há evidências suficientes que comprovem sua especificidade ou capacidade de
aumentar a taxa de detecção”, revela o especialista. Para ele, a ressonância
vem evoluindo como uma modalidade poderosa na localização e no estadiamento
desse tipo de câncer, exibindo um desempenho superior ao exame de toque retal
ou à ultrassonografia.
O exame dura em média 30 minutos e Dr. Leonardo aconselha a
realização em aparelhos de última geração, preferencialmente do tipo 3 Tesla,
que oferece melhores resultados. O especialista faz ainda um alerta para
pacientes que tenham passado por biópsia recente e serão submetidos à
ressonância magnética: “O ideal é fazer o exame antes da biópsia ou esperar ao
menos um mês de sua realização. Assim, diminui a influência das áreas de
sangramento na interpretação das imagens”, pondera ele.
Mas, independentemente da maneira de diagnosticar a doença,
o especialista defende a prevenção e o rastreio clínico como as melhores
opções, sobretudo em homens com mais de 50 anos. “Para se manter saudável, é
preciso ter alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente,
em especial os homens que estão no grupo de risco, ou seja, com idade acima de
50 anos, histórico familiar da doença, com excesso de peso ou sedentários. E,
logicamente, a consulta frequente com um urologista é fundamental para um
acompanhamento adequado”, conclui o médico, afirmando que a utilização do novo
método diagnóstico tem contribuído para adequar as formas de tratamento e
aumentar as chances de cura dos pacientes.
*RMA Comunicação
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