sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Fim do Programa Farmácia Popular pode acabar com quase 11 mil vagas de emprego formal, aponta FecomercioSP

Mesmo em uma conjuntura de crise, a única atividade varejista com geração expressiva de vagas de emprego em 2015, farmácias e perfumarias, pode ter seu desempenho anulado pelo corte de recursos do programa

Em meio às discussões do ajuste fiscal e das várias promessas de preservação dos programas sociais, foi anunciado recentemente um corte de R$ 578 milhões nos recursos destinados ao Programa Aqui Tem Farmácia Popular. O corte, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, afetará os medicamentos oferecidos com desconto na aquisição, e o efeito será imediato.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que o corte de recursos irá acarretar no fechamento de farmácias de pequeno e médio porte que têm parcela significativa de seu faturamento vinculado ao programa e aumentará ainda mais a concentração de mercado nas grandes redes. Tal medida também pode influenciar na geração de empregos no setor de farmácias e perfumarias, o único varejista que, mesmo em uma conjuntura de crise, registrou uma expressiva geração de vagas em 2015.
De acordo com a Entidade, mesmo com as promessas de continuidade dos programas sociais, o fim do programa - cujo montante de recursos previstos para este ano é de R$ 2,9 bilhões - causaria o fechamento de quase 11 mil vagas de emprego formal no comércio varejista do setor.
Dados da FecomercioSP apontam que, enquanto o comércio varejista fechou 235.710 vagas em todo o Brasil até setembro, o segmento de farmácias foi o que mais abriu vagas, com um saldo positivo de 10.875 empregos com carteira assinada. Só no Estado de São Paulo, foram 2.677 novos postos de trabalho.

 O setor em 2015 - Estimativas da Federação mostram que o varejo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos irá faturar cerca de R$ 120 bilhões em 2015. Apesar de pouco representativo sobre o total, o corte de R$ 578 milhões proposto para o orçamento de 2016 poderá provocar o fechamento de aproximadamente 2,2 mil vagas de emprego. 

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