Ficar com a roupa marcada pelo suor é algo muito comum entre
pessoas que sofrem com hiperidrose, doença que é caracterizada pela
transpiração excessiva, especialmente, em regiões como as mãos (hiperidrose
palmar) e as axilas (hiperidrose axilar).
Embora essa doença incomode bastante, é no verão que ela
costuma agravar-se em decorrência do clima que fica mais seco e das altas
temperaturas, típicas da estação, que aumentam a produção de suor pelo corpo.
“As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção da transpiração. A
finalidade é regular a temperatura do organismo para que ele fique equilibrado.
Neste caso, deve estar em 36,5ºC”, afirma Luciana Macedo de Oliveira, médica
com pós-graduação em dermatologia e Diretora Médica da Clinique des Arts.
De acordo com a especialista, no caso de quem sofre com
hiperidrose, mesmo em momentos em que está em repouco, o paciente pode sofrer
com o suor excessivo. Isso porque, a doença nem sempre está relacionada com
estímulos externos de temperatura, pois pode ser originada por questões
emocionais, hereditários ou doenças. “A sudorese excessiva é classificada em
dois tipos: a primária - que é a mais comum e que ocorre nas mãos, planta dos
pés e nas axilas – e a secundária - que atinge todo o corpo inteiro por causa de
estresse, doenças ou condições como a menopausa”, informa Luciana.
Identificando os
sintomas
A hiperidrose é uma doença que pode afetar pessoas de
qualquer idade. Normalmente, os sintomas começam a aparecer ainda na infância e
ficam agravados durante a puberdade e adolescência. “O principal sintoma da
hiperidrose é o suor excessivo que pode se manifestar nas regiões em que estão
localizadas um número maior de glândulas sudoríparas como as mãos, pés, axilas,
rosto, nas costas, nas mamas, na região inguinal e no couro cabeludo”, diz a
médica.
Aliás, segundo a dermatologista, esse suor não tem odor
porque na transpiração são perdidos 95% de água e 5% de eletrólitos (como
sódio, potássio, cálcio e magnésio). No entanto, devido ao seu excesso, pode
acontecer uma proliferação de bactérias que se alimentam da sudorese e, com
isso, gera o odor”, descreve Macedo.
É possível tratar a
hiperidrose!
Para quem sofre com hiperidrose, uma boa notícia é que é
possível tratar a doença através de fórmulas tópicas que possuem na formulação
o cloreto de alumínio, aplicação de toxina botulínica ou através de uma
cirurgia chamada simpatectomia. Já nos casos mais leves, a indicação é optar
pelo emprego de medicamento de via oral associado ao uso de tópicos.
Aliás, de acordo com a médica, a toxina botulínica é muito
eficaz no tratamento do suor excessivo, pois causa um bloqueio das terminações
nervosas que emitem os sinais para as glândulas sudoríparas. “Isso ajuda a
minimizar o suor em excesso e o cheiro desagradável. O tratamento tem duração
de seis meses e é necessária a reaplicação após esse período”, finaliza
Luciana.
*SACHA SILVEIRA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
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