A importância de realizar exames
ginecológicos na pós-menopausa
Não é segredo que as mulheres devem, regularmente, fazer
acompanhamento ginecológico para manter a saúde em dia. Porém, o que pode ser
dúvida é como seguir a rotina ginecológica no período que sucede a chegada da
menopausa. O ginecologista Luciano Pompei, da Associação de Obstetrícia e
Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) ressalta a importância de não
confundir o período de pós-menopausa com a “terceira idade”, termo utilizado
comumente para a mulher que chega aos 60 anos ou mais.
“O mais importante para nós, ginecologistas, é a fase
reprodutiva da mulher, o momento da chegada da menopausa e a pós-menopausa. Não
necessariamente esta última significa ‘terceira idade’. Inclusive, há mulheres
que tem menopausa precoce, antes dos 45 anos”, comenta.
Segundo o Dr. Pompei, a periodicidade da visita ao
ginecologista depende de cada caso, mas, normalmente, ocorre uma vez ao ano.
Alguns exames específicos, no entanto, são indicados para todas as pacientes,
independente do histórico clínico de cada uma. Confira, abaixo, os exames
ginecológicos imprescindíveis no período da pós-menopausa.
Mamografia: ela detecta, precocemente, um possível câncer de
mama. É recomendado pelos médicos a partir dos 40 anos e, dependendo das
características individuais de risco de cada mulher, deve ser refeito a cada um
ou dois anos.
Exames de sangue: Analisa, principalmente, colesterol e
triglicerídeos, além da função renal e a dosagem dos hormônios da tireoide.
Somente com os resultados é possível recomendar os intervalos para sua
repetição e quais medidas a ser tomadas, se necessário.
Exame preventivo do colo do útero (mais conhecido como
Papanicolau): Segundo recomendação do Ministério da Saúde, a mulher deve
realizar esse exame até os 65 anos. Já a Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia (Febrasgo) tem como indicação até os 70. Ainda de acordo com
Ministério da Saúde, como regra geral, em caso de normalidade em dois exames
consecutivos com intervalo de um ano entre eles, a repetição passa a ser a cada
três anos.
Ultrassonografia pélvica (preferencialmente transvaginal):
Não há claro consenso; a maioria dos médicos defende que seja anual, enquanto
outros solicitam somente se houver reclamação de sangramento ou queixa uterina.
“Particularmente, defendo a realização anual”, diz o ginecologista.
Densitometria óssea: Permite o diagnóstico de osteoporose e
de osteopenia (baixa massa óssea). A mulher sem motivos aparentes para ser
considerada de maior risco para fraturas osteoporóticas recebe a indicação a
partir dos 65 anos de idade. Se há riscos, o pedido é antecipado. Em casos de
menopausa precoce, a primeira desintometria deve ocorrer aos 50 anos.
Exames Clínicos: O exame físico realizado no consultório é
também importante. Além do exame físico geral, o médico poderá fazer apalpação
das mamas, exame especular e exame de toque, para checar a existência ou não de
anormalidades mamárias ou pélvicas.
“Por isso, a ida ao ginecologista, mesmo quando a vida
sexual está inativa e não há mais menstruação, é imprescindível. Em todas as
idades, as mulheres nunca devem deixar a saúde de lado e parar de se cuidar”,
conclui.
*Acontece Comunicação
e Notícias
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