A crise afeta o
desemprego sim!
*Jaques Grinberg
Para quem
diz que a crise não afeta o emprego, os números provam o contrário. Nos últimos
doze meses foram mais de 1,2 milhões de demissões e o mês de setembro de 2015
foi o pior desde 1992 onde as demissões superaram as contratações em mais de
95.000 segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
São diversos
os motivos que geram demissões. Os principais são:
.Empresas fechando.
.Reestruturação do quadro de funcionários.
.Baixa qualificação profissional: empresas
trocam dois ou três funcionários despreparados por um profissional qualificado.
.Chuvas fortes em diversas regiões do país que
podem prejudicar as produções.
.Substituição de pessoas por máquinas na linha
de produção.
.Inadimplência no comércio.
Segundo o IBGE, em agosto deste ano a taxa de
desemprego no Brasil subiu para 7,6%. No mesmo período em 2014 a taxa estava em
5%. Um aumento considerável, mas segundo a OIT (Organização Internacional do
Trabalho) o índice previsto para 2016 na Argentina é de 9,5% e na Colômbia de
quase 10%. Então não precisamos nos preocupar? Precisamos sim, temos que
comparar o Brasil com os países com os melhores índices e não os piores. Para a
Bolívia, por exemplo, o índice previsto é de apenas 2,7%.
Ninguém quer sentir-se inferior, então
comparamo-nos com os piores ao invés de comparar com os melhores para buscarmos
crescer e aprender com eles. Esse pensamento acontece com os profissionais,
empresas e com o país.
Voltando a crise e o desemprego, temos duas
situações: quem já está desempregado e quem está empregado mas preocupado.
Desempregado:
1º) É
comum aceitar a situação e conviver com ela, sem compromissos. Cuidado com a
zona de conforto.
2º) Aproveite o tempo para estudar, refletir e
planejar os seus objetivos.
3º) Seja rápido, busque uma recolocação.
4º) Férias é para profissionais empregados.
Aproveite o tempo e os seus contatos (networking) para conseguir um novo
emprego.
5º) Vagas existem, mas as empresas querem
profissionais qualificados e com diferenciais.
Empregado:
1º) Com a
crise, a instabilidade é grande preocupa muitos profissionais.
2º) 0 O que
fazer de diferente para fazer a diferença e continuar empregado?
3º) Mudar antes que seja preciso mudar é um dos
diferenciais dos profissionais de sucesso.
4º) Estude,
invista em qualificação. Esteja pronto para novos desafios.
5º) Faça
mais do que foi contratado para fazer. As empresas querem profissionais com
iniciativa e que tragam soluções e resultados.
Para refletir: Se existem profissionais da sua
área ganhando dinheiro e com emprego estável, o problema é a crise ou é preciso
mudar para fazer a diferença?
*Jaques Grinberg é empreendedor,
coach, palestrante, consultor e sócio em quatro empresas. Conhece na prática as
dificuldades de crescer e manter um time qualificado e motivado. É considerado
o maior especialista em coaching de vendas do Brasil e um dos palestrantes mais
requisitados. Autor do livro 84 Perguntas que Vendem, um livro prático e
interativo que traz técnicas e ferramentas do coaching de vendas para todos os
profissionais e segmentos.
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