sexta-feira, 17 de junho de 2016

Crueldade contra animais motiva projeto de lei e petição pública que pede câmeras em abatedouros
Deputado estadual Feliciano Filho quer evitar novos casos de mortes por métodos torturantes no Estado de São Paulo

Quem consome carne regularmente provavelmente não sabe, mas para o prato chegar à mesa, animais passam por processos cruéis que raramente ganham alguma divulgação, a não ser em casos de descumprimento de regras sanitárias.
 Pensando nisso, o deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP) desenvolveu um projeto de lei que fala sobre o abate em termos bastante realistas. “Queremos instalar câmeras em toda a linha de produção, desde o recinto onde os animais aguardam para serem abatidos, passando pelos corredores que levam os animais para o abate e o ponto exato onde ocorre a insensibilização, até o golpe fatal, a retirada de sangue e a separação das partes, ou seja, mostrando realmente todas as fases do abate”, pontua o parlamentar.
Uma das primeira medidas após protocolar o projeto na Assembleia Legislativa do Estado foi colocar no ar uma petição pública que pede que o mesmo seja aprovado.
O Brasil é hoje o quinto país que mais consome carne bovina, por exemplo no mundo. Mesmo com toda a evolução tecnológica, no entanto, a forma como aves, suínos e bovinos morrem nos abatedouros é desesperadora até para o mais convicto dos carnívoros.
 Já no transporte, os animais sofrem com as intempéries climáticas e sequer bebem água ou são alimentados. Não raro, no inverno, partes deles congelam dolorosamente. Também é comum alguns sofrerem o choque do embarque, doença que aparece quando a viagem dura muitas horas e eles ficam exaustos.
 No caso dos bovinos, o gado entra no local de abate um a um. Aí os métodos variam: nos abatedouros mais modernas, uma pistola pneumática é utilizada para deixar o animal inconsciente. Já em matadouros menores (muitas vezes ilegais), é comum o animal tomar marretadas ou ter a garganta cortada ainda consciente, causando um sofrimento enorme.
“Em Israel, um abatedouro foi fechado por maus-tratos, fato que motivou o Ministro da Agricultura daquele país a tornar obrigatória a instalação de câmeras em todos os abatedouros para que os veterinários do governo pudessem fiscalizar”, conta Feliciano, que se inspirou no modelo israelense para fazer a proposta. Para o deputado, é dever do Estado promover a educação e informação aos consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria das relações de consumo. E é direito do consumidor receber informações corretas, claras, precisas e ostensivas sobre as características dos produtos que adquire, dentre elas a origem e o método de produção. Daí a necessidade de permitir que o público veja como são abatidos os animais que chegam às panelas.
 A petição que apoia o projeto de lei que pede câmeras em abatedouros pode ser encontrada no site do deputado Feliciano Filho no link: http://felicianofilho.com.br/peticoes/cameras-nos-abatedouros-ja-2/
 Mais informações a respeito do projeto do deputado podem ser encontradas no site do parlamentar: http://felicianofilho.com.br.

*Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação 

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