sexta-feira, 17 de junho de 2016

Você tem cachorro em casa? Cuidado com o surto de Cinomose em Morro Agudo
Veterinário explica que vacinação é melhor caminho para evitar a Cinomose

Nas últimas semanas foram registrados em Morro Agudo diversos casos de cães doentes, sendo que alguns foram a óbito e muitos outros estão em tratamento.  Todos contraíram Cinomose. Porém, esse é apenas um exemplo do surto vivido hoje em Morro Agudo.
Mas você sabe o que é Cinomose? Qual é o tratamento e como pode ser prevenida?
O jornal A Tribuna de Morro Agudo recorreu ao veterinário Antonio D. Pimentel, da Clínica Veterinária Pimentel para tirar todas as dúvidas sobre a doença.
“A Cinomose é uma doença exclusivamente canina, não atinge outros animais domésticos, como por exemplo os gatos. Também não é zoonose, pois não passa para o homem. É causado por um vírus, altamente contagioso e com alto índice de morte”, explica o veterinário Antônio D. Pimentel, acrescentando que a vacinação é o melhor caminho para evitar a Cinomose.
De acordo com ele, diante de um cenário de surto, se o animal começou a ficar triste e sem apetite, deve-se procurar um veterinário imediatamente. “O diagnóstico sintomático é complicado porque essa doença tem vários sinais como secreção nos olhos, tosse, diarreia. Mas não aparecem necessariamente em todos os animais. Alguns apresentam cegueira, outros problemas nos ouvidos e pode até atingir diversos órgãos como o pulmão. Então só o exame específico para dar o diagnóstico preciso”, disse ele.
Outro alerta do Veterinário é que quanto mais cedo começar o tratamento, maiores são as chances de cura ou de reduzir as sequelas neurológicas.  “O tratamento é por meio de medicamentos (antibióticos, suplementos vitamínicos, entre outros), mas cada caso tem uma receita própria de acordo com os sintomas apresentados. O grande problema é que muitos esperam a doença chegar a um estágio avançado para então procurar ajuda especializada”.
O veterinário Toninho Pimentel - como é mais conhecido – fala  que a Cinomose pode atingir o sistema nervoso do cachorro  afetando a coordenação motora  do animal (fica sem andar) ou tem convulsões.
 “O grande problema é o contágio, porque a maioria dos cachorros não é imunizada. Como é causada por vírus, só o ato de um cão cheirar o outro, já pega. Se alguém que está cuidando de um animal doente tem contato com um que está sadio sem a devida higienização também transmite”.
 Isso poderia ser evitado com uma simples atitude: dar a vacina anualmente. “Quando o animal está sadio, deve dar a vacina que é importada e de forma regularizada aplicada por um veterinário. Enquanto você gasta cerca de R$ 50 com a prevenção, vai ter um custo de R$ 300 a R$ 500 com o tratamento, sem a garantia de cura”.

“Além do surto, outra preocupação nossa é com os cachorros de rua, porque temos uma grande quantidade de animais de rua  em Morro Agudo. E como não há campanha de vacinação gratuita como acontece com a raiva, os animais estão ainda mais expostos ao contágio e à proliferação da doença”, conclui o Veterinário. 

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