Agressão ao fígado pelo uso de
anabolizantes em discussão no Congresso da SBH
De 30 de setembro a 3
de outubro, o WTC Convention Center, em São Paulo, será palco do XXIII Congresso Brasileiro de
Hepatologia, realizado pela Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). A
expectativa é a de que compareçam 1.500 congressistas de todo o Brasil para
debater temas como as hepatites virais B, C e Delta; a cirrose hepática; a
esteatohepatite não alcoólica e os tumores do fígado
O uso de anabolizantes como fator de risco para agressão
hepática é um tema de interesse atual, e será discutido pela Dra. Helma Cotrim,
membro titular da SBH e professora titular de gastro-patologia da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal da Bahia.
Anabolizantes, em geral injetáveis, são utilizados com
frequência nas academias de ginástica por jovens, visando resultados estéticos
e aumento da massa muscular em atletas, principalmente pelos fisioculturistas.
Entretanto, essas drogas possuem testosterona exógena, em sua maioria em doses
elevadas, que podem acarretar em agressão ao fígado.
“Uma pesquisa realizada em academias de ginástica de
Salvador, Bahia, envolvendo mais de 900 jovens adultos, mostrou que 20% deles
utilizam anabolizantes há mais de 6 meses e através de USG e exame de sangue
identificou-se algum fator de risco ou alterações relacionadas ao fígado”,
alerta dra. Helma.
O estudo também avaliou se o nível de testosterona nos
homens participantes e observou um aumento expressivo, em relação ao grau
normal para a faixa etária, sugerindo que o uso destas drogas de forma
inadequada pode alterar significativamente as condições hormonais masculinas.
“Durante o Congresso, serão discutidas as principais causas
de agressão tóxica ao fígado e, entre elas, os esteroides anabolizantes. Esses
podem causar hepatite tóxica, esteatose e tumores (neoplasias).Lembrando que em
doses farmacológicas, sob prescrição, para tratar algumas doenças, o uso não
prejudica a saúde. Mas para fins estéticos, com utilização contínua, os
anabolizantes podem causar não apenas agressão ao fígado, mas também a outros
órgãos”, comenta.
*Acontece Comunicação
e Notícias
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