sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Alimento não é inimigo: Fique atento aos sinais dos transtornos alimentares

Quando se fala em transtorno alimentar o primeiro pensamento que vem a cabeça de muitas pessoas é "problema com o alimento". Porém, distúrbios alimentares como anorexia, bulimia e compulsões alimentares são doenças graves, tratáveis e que resultam da complexa interação entre genética, biologia e o meio ambiente. Cada vez mais frequentes, os transtornos atingem na maioria mulheres, cerca de 90%, e tem a maior taxa de mortalidade de todas as doenças mentais. "O alimento não é um inimigo, o problema está em utilizar a comida como válvula de escape das emoções", afirma a nutricionista Tatiana Eto. Sentimento de culpa após comer algo, perda de apetite, excesso de exercício físico, isolamento, alterações de humor, ansiedade, ou descontrole diante de uma panela de brigadeiro, são sinais de alerta de um mau relacionamento com o alimento.  "Identificar essas atitudes  e diagnosticar o problema corretamente são os primeiros passos para o tratamento eficaz", ressalta Tatiana.
Anorexia, bulimia, compulsão são alguns dos transtornos alimentares mais comuns. Cada pessoa pode apresentar características variadas, além de dos sinais comportamentais que caracterizam cada transtorno, também é possível perceber alterações físicas, consequência de deficiências nutricionais, compulsões e comportamentos compensatórios.   "Na maioria dos casos são os familiares e amigos que percebem o distúrbio por meio da negação ao hábito de se alimentar e a perda de peso excessivo em um curto intervalo de tempo, por exemplo", ressalta Tatiana.
Sinais Comportamentais
· Uso de laxantes e ou vômitos para controlar peso
· Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome;
· Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto-estima.
· Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado;
· Medo intenso a ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal.
· Sentimento de culpa ou depreciação por ter comido
· Hiperatividade e exercício físico excessivo
· Episódios repetidos de "binge eating" (ataques de comer)
· Dramáticas flutuações de peso
Sinais Físicos
· Erosão dentária e caries
· Falta de folego
· Refluxo gastresofágico
· Saciedade precoce, esvaziamento gástrico lentificado
· Amenorreia ou ciclo menstrual irregular
· Perda de libido
· Perda de memória/baixa capacidade de concentração
· Insônia
· Depressão/ansiedade/comportamento obsessivo
O tratamento mais eficaz para os transtornos alimentares deve ser feito de maneira multidisciplinar, com acompanhamento médico, nutricional e psicológico. É preciso ressaltar que o diagnóstico do transtorno alimentar deve ser feito por um profissional qualificado, pois ele irá indicar o tratamento mais adequado para cada problema.
*Tatiana Eto é nutricionista, mestre em Ciências (UNIFESP), pós graduada em Medicina do Esporte e da Atividade Física (USCS), Obesidade e Emagrecimento (UVA), Psicologia, Nutrição e Transtorno Alimentares (em curso - UNIARA) e MBA em Gestão Empresarial (FGV). Também é membro da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), e Coaching de Saúde e Bem Estar (Health & Wellness Coaching) - Wellcoaches USA (em formação).

**Comunicase - Comunicação Empresarial

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