Corrimento ou secreção
natural: saiba a diferença
Toda mulher tem uma
lubrificação natural, porém, às vezes, ela é sinal de infecção
Algumas mulheres
ficam em dúvida se é ou não normal ter secreção vaginal constante. Mas antes de
responder a essa dúvida, a Dra. Erica Mantelli, ginecologista e obstetra,
pós-graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP), explica que é
preciso identificar qual é o tipo de secreção.
“É normal a mulher ter um líquido fluído de consistência
clara, sem cheiro e que não cause coceira, dor ou ardência”, diz. “Essa
secreção pode ser intensificada no período pré-ovulatório que é no meio do
ciclo menstrual. Neste caso, não é recomendado nenhum tipo de tratamento já que
o líquido protege a mulher contra infecções e garante a lubrificação durante o
sexo”, completa.
Porém, algumas características diferenciam a secreção do
corrimento. “Se a cor for branca ou amarela e tiver um cheiro característico
pode ser um sinal de infecção genital causada por fungos ou bactérias, ou uma
doença sexualmente transmissível, como a candidíase. A mulher pode se queixar
ainda de coceira ou de ardência”, explica a ginecologista.
Seis tipos de infecções vaginais são identificados pelo
corrimento. São elas: vaginose, candidíase e tricomoníase, já a clamídia,
mioplasma, neisseria ou gonorreia produzem um corrimento que fica na entrada do
útero, então somente um ginecologista poderá descobrir o problema.
“Os cuidados com o
corrimento devem se redobrados por mulheres que querem engravidar. É preciso
descobrir a causa e tratar para evitar complicações na gestação”, alerta.
No consultório, o ginecologista vai receitar creme vaginal, antibiótico
ou banho de assento. “Se for caso de doença sexualmente transmissível o
parceiro também deverá tratar”, pontua a Dra. Erica.
Para se cuidar e evitar novas infecções evite o uso diário
de absorventes e de produtos íntimos com cheiro e não faça duchas vaginais.
“Visite anualmente um ginecologista e mantenha uma dieta saudável com a prática
de exercícios. Lembre-se: comida apimentada, álcool e cigarro pioram a infecção
em algumas pacientes”, finaliza.
*Sacha Silveira
Assessoria de Comunicação
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