Governo está perdendo os alicerces
políticos na condução do País
*Reginaldo Gonçalves
A fragilidade que se
encontra o Governo Soberano em virtude das pedaladas e das sucessivas
modificações e uso indevido dos recursos públicos, assim como, contaminar as empresas de Economia Mista como a
Petrobrás esta comprometendo o orçamento público de 2016.
A contaminação de membros do Governo que querem aumentar a
arrecadação tributária sacrificando ainda mais o meio produtivo parece ser uma
das premissas mais pontuadas na gestão, ninguém quer "largar o osso"
e eventualmente prejudicar a possibilidade de manutenção nos órgãos públicos
diversos.
O que temos presenciado é a briga de Titãs entre o Governo e
a base aliada além do Congresso, vemos o Ministro da Fazenda buscando
alternativas para equilibrar as contas,
mas um grande grupo querendo perpetuar o desmando e os desvios de
finalidade prejudicando milhares de brasileiros que estão sendo desempregados a
todo o momento. Ninguém pensou na
coletividade e sim nos grupos de correligionários que querem manter seguro os
recursos recebidos, seja na forma de contratações de terceirizados, seja na
forma de cargos comissionados.
A Presidente diz que agora dá importância para crise
brasileira, quando essa crise já esta a algum tempo batendo na porta e nada se
fez, pelo contrário, a festa do gasto público continuou enquanto minguava a
arrecadação das empresas por perda de competitividade interna e com o exterior.
Tudo é motivo para justificativa de desvios de finalidade, mas, agora acende
uma luz no fim do túnel onde ninguém tem
coragem de falar que o corte de ministérios e de 1.000 cargos comissionados vão
gerar uma economia que poderá melhorar os indicadores relacionados a divida
pública seja interna ou externa.
Novamente passamos por um orçamento que não fecha as contas
e deverá somente ser terminado no ano seguinte, mas, muitos grupos querem
aumentar impostos em uma economia que somente nesse ano perdeu aproximadamente
500 mil postos de trabalho até julho/2015 conforme indicadores do CAGED.
Sabemos que os empregos informais também sofre com tal situação, os
consumidores tem cada vez mais medo de gastar e quem tem emprego tem medo de
ficar desempregado.
A falta de transparência é latente e assumir
responsabilidades parece ser mais dificil do que omitir ou até mentir, mas,
vemos que o uso político das empresas administradas pelo Governo ainda é
latente e é fundamental reestruturar o funcionalismo público e reduzir cargos
comissionados e serviços terceirizados para que a lição comece a ser feita pelo
Governo.
Outros fatos que estão passando despercebido é quando as
Empresas Estatais que não geram resultados, assim como a criação de agências
reguladoras, precisa haver maior sinergia do mercado, mas, a criação dessas
entidades sem faturamento, mas, como funcionários ali alocados geram gastos que
não melhoram o atendimento e o respeito com o cidadão, assim como, não
justifica o aumento de tributos de maneira geral.
A proposta de atender o superávit primário de 0,7% do PIB em
2016 parece cada vez mais difícil, embora a meta a ser alcançada é baixa já que
o endividamento público é cada vez mais alto e não consegue somente amortizar
os juros com uma escalada alta da taxa Selic que atinge 14,25% ao ano diante de
uma dívida publica federal de R$ 2,6 tri que atingiu em julho/2015.
A busca de uma meta de estabilidade econômica, mesmo em
momentos de crise precisa ser equacionada independente de acordos entre
partidos, mas, que haja um julgamento do que é fundamental para atender as
premissas básicas de segurança, transporte, habitação, saúde e educação
incluindo os investimentos em infraestrutura para que o país volte a ser
competitivo, não dependendo tão e somente de produtos agrícolas, mas, que possa
buscar através da indústria uma produção que possa permitir a agregação de
valor e a oportunidade de atender ao mercado interno assim como a exportação.
Governante sério, justo e transparente é aquele que busca
alternativas para preservar o seu povo sem que haja a delapidação patrimonial e
aumento de impostos para fazer frente aos seus gastos de maneira descontrolada
e benefícios de uma pequena classe de pessoas prejudicando a coletividade.
*Reginaldo Gonçalves
é coordenador do curso de Ciências Contábeis na Faculdade Santa Marcelina
(FASM)
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