Saiba como escapar da catapora na
primavera
As
complicações são mais comuns em pessoas acima dos 15 anos e em crianças menores
de 1 ano
Não se sabe ao certo o porquê, mas durante o final do
inverno e nos primeiros dois meses da primavera a transmissão da catapora se
acentua, aumentando assim o número de pessoas contaminadas, caracterizando o
surto da doença. A faixa etária mais atingida pela doença é a das crianças de
até 10 anos, que não foram vacinadas.
Também conhecida como varicela, a catapora, é uma doença
infectocontagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. O aparecimento de
pequenas bolhas e erupções na pele, a coceira incômoda e a febre alta são os
sintomas típicos da doença.
“Os adultos, na maioria das vezes, já contraíram a doença ou
foram vacinados quando pequenos. Por isso as crianças poderiam ser consideradas
o grupo de risco. Em populações onde a incidência da doença é muito baixa, a
maioria dos casos pode se concentrar em jovens adultos”, explica o Dr. Ricardo
Cunha, médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do Delboni
Auriemo Medicina Diagnóstica. O especialista alerta que todas as crianças devem
ser vacinadas a partir dos 12 meses de idade, sendo que uma segunda dose deve
ser aplicada três meses depois da primeira. “A vacinação é o único método de
prevenção comprovado”, aponta Dr. Ricardo Cunha.
Considerada uma
doença de grau leve a moderado, a catapora, depois de contraída, confere
proteção para a vida toda. No entanto, a doença pode causar uma série de
complicações sérias, como infecções secundárias nas lesões da pele, infecções
invasivas que podem levar à internação, encefalites virais, meningites e até
mesmo pneumonias. A varicela também pode levar à morte, sendo que os adultos
acima de 30 anos representam cerca de 35% dos casos de óbito pela doença,
apesar de serem apenas 5% daqueles que contraem o vírus.
As complicações são mais comuns em pessoas acima dos 15 anos
de idade e em crianças menores de 1 ano. Pessoas com sistema imune deficiente e
gestantes também compõem o grupo de risco da doença. “No caso das gestantes, há
um pequeno risco de ocorrerem anomalias na criança durante a gravidez, caso a
mãe contraia a doença. A catapora pode também ser transmitida para o
recém-nascido pela mãe, se ela for infectada em até 5 dias antes do parto ou
dois dias depois de dar à luz, sendo de alto alto risco para ambos”, esclarece
Dr. Ricardo. Não existem tratamentos para a catapora além dos remédios
receitados pelo médico que podem aliviar alguns dos sintomas. “O melhor jeito
de evitar a doença é por meio da vacinação”, reforça o especialista.
*RMA Comunicação
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