Cinco coisas que
ninguém te fala sobre viagens
Veja abaixo cinco dicas úteis sobre viagens elaboradas pela
Érika Gimenes, autora do blog de entrevistas sobre viagens Vem Por Aqui.
http://vemporaqui.com.br/
Érika Gimenes já morou em Barcelona, na Espanha, e pode já
visitou diversos países como Itália, Vaticano, Portugal, França, Mônaco,
Andorra, Portugal, Alemanha, Irlanda, Argentina, Chile, Estados Unidos,
Venezuela, Panamá, República Dominicana e México.
1 – Não é barato
Mas é uma questão de escolhas. Você já colocou no papel
quanto gasta com saídas de fim de semana e roupas por mês? E se não estiver
sobrando nem pra isso, já pensou em simplificar alguns hábitos, se libertar de
alguns ´têm que ter´ pra conhecer mais lugares?
Um dos textos
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2010/10/30/como-a-classe-media-alta-brasileira-e-escrava-do-alto-padrao-dos-superfluos/
mais famosos da Adriana Setti http://viajeaqui.abril.com.br/vt/blogs/achados/
fala sobre isso.
O que eu aprendi de melhor na minha temporada em Barcelona
foi a precisar de menos coisas e a aproveitar qualquer sobrinha pra viver mais.
Vendemos um apartamento de dois quartos com as anacrônicas
dependências de empregada (metade financiado), dois carros (um também todo
financiado) para sair daqui sem dívidas e poder viver um ano em euro só
estudando, sem trabalhar.
Como na Europa ninguém tem empregada, nem frequenta salão de
beleza toda semana, me virei fazendo a minha unha, pintando o meu cabelo e
dividindo a faxina com o marido.
Na volta ao Brasil, me acostumei a morar num lugar bem
menor, passamos a dividir um carro, chamamos a faxineira uma vez por mês e
voltei à rotina do salão, só que achei um muito mais barato e não morro quando
eu mesma tenho que me arrumar porque quero economizar para algum outro
programa.
Também fiquei mais criteriosa para comprar. Vivemos o
absurdo aqui no Brasil de pagar muito por produtos de baixa qualidade. Então,
tento controlar meus impulsos e lembrar do menos que é mais. Dar uma pequena
fortuna por pseudomarca ou por modinha, não está no meu repertório.
2 – Planejar dá trabalho
Só que pode ser o pontapé inicial para uma boa viagem.
Costumo dizer que viajo antes, durante e depois. Sempre
gostei de ler sobre os lugares que visito e tento me informar ao máximo sobre
as possibilidades.
Não sou daquelas que monta um cronograma rígido e fica presa
a ele, mas tenho sempre milhões de opções anotadas.
Para mim, o ideal é estabelecer prioridades e deixar um
pouco a vida me levar, só que bem informada. Tipo passar, sem querer, em frente
a um ponto interessante e reconhecer que vale a pena uma parada ou dar de cara
com um restaurante legal que você ouviu falar e saber que o custo-benefício vai
ser melhor ali que num pega-turista.
Você pode ser milionário, pode ter contratado a melhor
agência ou o melhor agente do mundo mas, ainda assim corre um perigo enorme de
se decepcionar se não souber um pouquinho sobre o lugar para onde está indo.
Vai querer uma comida que não tem, uma temperatura que não faz, detestar o
´jeito´ do povo, ler errado aqueles milhões de sinais subjetivos que tem a ver
com características locais.
3 - Alguma coisa sempre vai sair errado
Por mais genial que você seja no planejamento, a vida é
imprevisível e algo sempre pode sair do prumo. Podem bater no carro que você
alugou, aparecer uma frente fria repentina naquela praia, cair vinho na roupa
que você achou que ia usar vários dias. Se perder então, é quase obrigatório e
proporciona surpresas maravilhosas.
Foi me perdendo em Paris que dei de cara com a igrejinha da
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, onde uma freira simpática conversou comigo
em português e me contou que já tinha morado por aqui.
Andando sem rumo em Sevilha encontramos um restaurante
maravilhoso, que eu até repeti de tanto que gostei.
Como não tinha o carro no padrão que alugamos na Toscana,
Mateus deu a sorte de receber um upgrade e ficar com uma Mercedes. Para o meu
desgosto, não cabia nossas malas no bagageiro, mas, com um pouco de boa
vontade, foi muito mais confortável (e mais legal) do que seria o outro carro.
Já teve até prato que veio errado e que era melhor que o
pedido original.
Você está passeando, lembra? Não tem que ficar preso a
convenções e horários. Uma psicóloga já falou sobre isso aqui (colocar link) no
blog.
4 – Cansa
Principalmente quando você quer conhecer muitos lugares ou
tem uma infinidade de atrações para visitar numa cidade.
Não faça da sua viagem uma maratona. Só para seguir roteiros
básicos e ver o que há de mais óbvio, você já vai gastar muita sola de sapato e
vai sentir o físico reclamando.
Na tal excursão em que eu fui pela primeira vez para a
Europa (#excursãonuncamais), os idosos que faziam parte do grupo viviam dizendo
que não sabiam quem que inventou que Europa era programa de velho e estavam
exaustos.
Sair da nossa zona de conforto, ainda que seja um alívio e
uma aventura deliciosa, também provoca tensão e estresse. E isso, por si só,
pode fazer a gente entrar em curto.
Então, tire sempre um tempo sem compromissos, voltado só pra
relaxar e curtir as belezas que você está vivendo sem pressa.
Essa é uma receita ainda mais importante quando a gente tem
alguma companhia ou está em grupo. Pode saber que, em algum momento, o que
estiver mais cansado vai começar a comprar brigas inúteis e a ficar intolerante
com qualquer bobagem.
Não interessa se você é mochileiro ou vive pulando de 5
estrelas em 5 estrelas. Pense no que é um luxo (no sentido de um conforto
extra) pra você e, em algum momento, se dê o direito de desfrutá-lo. Aperto
demais também tira a graça da viagem. Pode ser ficar estendido numa rede,
admirando uma praia; ir a um restaurante melhorzinho e tomar aquele vinho ou
passar o dia num SPA. Essas pequenas recompensas vão te dar um novo gás e te
ajudar a lembrar porque o esforço vale a pena.
5 – Micos são inevitáveis
Se você é daqueles que morre de medo de passar vergonha, que
tem um orgulho elevado e quer ser um gênio em qualquer lugar, só vai passar
raiva viajando. Seu inglês pode ser impecável e também ser de pouquíssima
utilidade no interior da Polônia.
Você leu tudo sobre o Oriente Médio, mas pulou aquela parte
que dizia que sola de sapato para cima é sinal de ofensa. Cruza as pernas
inocentemente e vai aguentar a cara feia do anfitrião.
Eu, por exemplo, acho que tenho um neurônio meio tan tan
para idiomas. Quando fui morar na Espanha, meu inglês encolheu. Cheguei toda
empolgada em Dublin, sentamos num restaurante bem típico e pedi um ´fish con
patatas´... tentava consertar e só ia ficando pior.
Relaxe e se divirta! Errar é tão humano quanto anedotário.
*Pessoa Comunicação
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