sexta-feira, 13 de maio de 2016

Corrimento ou secreção natural: saiba a diferença

Toda mulher tem uma lubrificação natural, porém, às vezes, ela é sinal de infecção

 Algumas mulheres ficam em dúvida se é ou não normal ter secreção vaginal constante. Mas antes de responder a essa dúvida, a Dra. Erica Mantelli, ginecologista e obstetra, pós-graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP), explica que é preciso identificar qual é o tipo de secreção.
“É normal a mulher ter um líquido fluído de consistência clara, sem cheiro e que não cause coceira, dor ou ardência”, diz. “Essa secreção pode ser intensificada no período pré-ovulatório que é no meio do ciclo menstrual. Neste caso, não é recomendado nenhum tipo de tratamento já que o líquido protege a mulher contra infecções e garante a lubrificação durante o sexo”, completa.
Porém, algumas características diferenciam a secreção do corrimento. “Se a cor for branca ou amarela e tiver um cheiro característico pode ser um sinal de infecção genital causada por fungos ou bactérias, ou uma doença sexualmente transmissível, como a candidíase. A mulher pode se queixar ainda de coceira ou de ardência”, explica a ginecologista.
Seis tipos de infecções vaginais são identificados pelo corrimento. São elas: vaginose, candidíase e tricomoníase, já a clamídia, mioplasma, neisseria ou gonorreia produzem um corrimento que fica na entrada do útero, então somente um ginecologista poderá descobrir o problema.
 “Os cuidados com o corrimento devem se redobrados por mulheres que querem engravidar. É preciso descobrir a causa e tratar para evitar complicações na gestação”, alerta.
No consultório, o ginecologista vai receitar creme vaginal, antibiótico ou banho de assento. “Se for caso de doença sexualmente transmissível o parceiro também deverá tratar”, pontua a Dra. Erica.
Para se cuidar e evitar novas infecções evite o uso diário de absorventes e de produtos íntimos com cheiro e não faça duchas vaginais. “Visite anualmente um ginecologista e mantenha uma dieta saudável com a prática de exercícios. Lembre-se: comida apimentada, álcool e cigarro pioram a infecção em algumas pacientes”, finaliza.

*Sacha Silveira Assessoria de Comunicação

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