Dia do Idoso (1° de Outubro): Não ser
um peso para os filhos é a maior preocupação
Entre tantas questões que afligem a terceira
idade, sobrecarregar a família é a mais importante para 49% dos idosos
Uma hora a velhice chega. Para quem tem sorte, claro! O
desafio de envelhecer com saúde e ainda aproveitar essa fase da vida de forma
ativa e independente está bem mais para realidade do que para sonho nos dias de
hoje. Estamos vivendo mais e melhor. A população com 60 anos ou mais está
crescendo, e nos próximos 8 anos a parcela de idosos passará dos atuais 11%
para 14,6%. Serão cerca de 30 milhões em 2020 e vão ultrapassar a marca dos 55
milhões em menos de três décadas.
Preservar a qualidade de vida na terceira idade é uma
preocupação de pais e filhos e está intimamente ligada com a independência, a
mobilidade, a liberdade e o conforto.
Envelhecer de forma apática e sedentária é coisa do passado. Os idosos
estão cada vez mais ativos, envolvidos em atividades de grupo, práticas
esportivas ou intelectuais e, principalmente, independentes.
Uma pesquisa encomendada pela Senior Concierge mostrou que
49% dos entrevistados não querem ser um peso para os filhos, 32% têm medo de
serem abandonados ou deixados sozinhos em casa e 22% temem ficar numa casa de
repouso. Já os filhos querem sim, os
pais por perto, e desejam participar dos cuidados como revela a pesquisa. Para
79% dos entrevistados, um dos suportes que pensam em oferecer aos pais seria o
de ajudar a pagar remédios e tratamentos como fisioterapia ou terapia
ocupacional. E mais de um terço (37,1%) dos filhos pensa em trazer os pais para
morarem em suas casas.
Para os idosos, não há qualidade de vida plena quando
precisam deixar o seu lar para ir morar na casa de familiares ou numa casa de
repouso, se existe a possibilidade de permanecerem em suas casas. “Eles se
ressentem quando são tratados como incapazes, ou quando alguém toma uma decisão
sobre a vida deles sem consultá-los”, observa a especialista em qualidade de
vida na terceira idade da Senior Concierge, Marcia Sena.
Segundo Márcia, as pessoas vivem hoje os desafios da
“geração sanduíche”, isso é, de se desdobrar entre trabalho, os cuidados com os
filhos, e com os pais idosos. “Para maior conforto e segurança de todos é
preciso soluções para que se possa assistir os pais sem interferir tanto na
vida deles ou fazer com que eles se sintam um fardo para a família. Assim há
mais liberdade e qualidade de vida para todos os envolvidos”, explica a
especialista.
O mercado brasileiro percebeu essa demanda e implantou
soluções voltadas para essa realidade, como serviços de acompanhantes para
consultas médicas ou exames de rotina, serviços de entretenimento, cuidadores
para necessidades específicas da casa, como reforma, reparos, lavanderia e
limpeza, personal chef para cozinhar refeições balanceadas. “Na maioria das
vezes são ações simples que resolvem grandes problemas, com o objetivo de
trazer mais conforto, liberdade e tranquilidade para as famílias. É uma forma de
equilibrar a balança para que os pais não se sintam um peso e os filhos não
sejam sobrecarregados”, ressalta Márcia.
*Comunicação
Conectada
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