Evaristo Penha, um herói de Morro Agudo!
Por que herói?
Pelo menos, por dois motivos: 1.° - criou a
Indústria Penha, fabricante de máquinas e implementos agrícolas, na época concorrente da Jacto, de Pompeia, e uma das
maiores do Brasil; 2.° - escreveu o livro: “O Fruto de uma Saudade”, do qual,
agora, pretendo falar.
Lindo, lindo e lindo o livro do Evaristo!
Uma tarde, há poucos dias, tive a felicidade
de receber, de presente, O Fruto de uma
Saudade. Comecei a lê-lo e não parei mais. Fui até a meia-noite. Claro é a
primeira leitura.
O Evaristo faz o que os gregos do início da
Grécia, como Hesíodo e Homero, fizeram: “Narram a história em poesias”.
A primeira poesia, que conta a história de
Morro Agudo e que saboreei como se fosse um doce de coco chama-se Arraial do Chapéu, nome antigo da
cidade; ela canta e conta a História de Morro Agudo. A primeira das 42 (quarenta e duas) estrofes
começa dizendo:
Querido
Morro Agudo
Arraial
do Chapéu chamava
Há
muitos anos atrás
Que
os coronéis mandavam.
E a última estrofe, mostrando o amor do
Evaristo por Morro Agudo, termina dizendo:
Morro
Agudo eu te saúdo
Porque
sinto que sou teu
Eu
vejo em você
Que
você é todo meu.
O livro é um passeio gostoso pelo querido
Morro Agudo de antanho que hoje os jovens e muito adulto não conhece mais. Daí
um dos papéis importantes do livro de Evaristo: “Lembrar e perpetuar a história
inicial de Morro Agudo e de gerações como as da Família Franchi e da Família
Tobias que ajudaram a construir Morro Agudo e hoje são desconhecidas”. A nosso
ver, é notável a bibliografia sobre Morro Agudo; a esse respeito, parabéns ao
Rogério Chiaroti que no seu recente e precioso livro: Quem bebeu da água de Morro Agudo, na página 352, oferece a
primeira bibliografia sobre Morro Agudo, de que tenho conhecimento. Mas, os
historiadores e poetas de Morro Agudo precisam falar, também, das famílias dos
pioneiros que ontem e hoje não tiveram filhos e gerações ligados à política e
que são totalmente esquecidas e desconhecidas.
Outra poesia que toca o coração é sobre a
querida Tia Sinhana, intitulada Homenagem
a você Sinhana, uma heroína dos
tempos antigos de Morro Agudo, que, sozinha, criou sete filhos, dos quais uma,
a Elzira, minha prima, veio a ser a esposa de Evaristo. Por isso, diz o poeta
Evaristo:
Há quarenta
e oito anos atrás
Eu
também te arranquei uma peninha
E
trago ela aqui do meu lado
A
Elzira sempre minha.
Parabéns
Dona Sinhana
Dá
cá um aperto de mão
Que
muitos neste mundo
Possam
tomá-la como lição.
Prezado Leitor(ora), é difícil, em poucas
linhas, falar de um livro, ainda mais em poesia e do qual a gente gostou. Mas,
se o Sr.(a) gostar de Morro Agudo e quiser provar um pouco das riquezas e das
belezas da fauna, da flora e das gerações do Morro Agudo de 1900 a 1990, deve
ler o “O Fruto de uma Saudade”, uma
preciosidade que pouquíssimas cidades têm a honra e o prazer de conseguir
apresentar.
*Prof. Dr. José Antonio
Tobias
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